10.7.12

Novo Site do Cineclube Natal

Olá a todos os cinéfilos!
Avisamos que o Cineclube Natal agora tem um site e a partir de hoje, vocês podem nos encontrar através do domínio www.cineclubenatal.com.

Em breve este domínio estará fora do ar.

20.5.12

#Sobre os filmes da VI Semana do Filme Cult: SALÓ OU OS 120 DIAS DE SODOMA



 SALÓ OU OS 120 DIAS DE SODOMA – Salò o Le 120 Giornate di Sodoma – ITA/FRA - (1975)
Direção: Pier Paolo Pasolini – Duração: 145 min.
Elenco: Paolo Bonacelli, Giorgio Cataldi, Aldo Valletti
Sinopse: Ambientado no estado italiano de Salò, em 1944, o filme descreve um “feriado” comemorado entre quatro nobres da elite totalitária cuja diversão central inclui uma orgia com jovens subjugados aos seus desígnios. Três ciclos de perversões são executados durante a festa: o Ciclo das Manias, o Ciclo da Merda e o Ciclo do Sangue. 

CURIOSIDADES

A versão em DVD da Criterion, lançada em 1998, foi retirada do mercado devido a problemas de Direitos Autorais. Originais considerados os DVDs mais caros do mundo, chegam hoje a valer US$ 600 ou mais, caracterizados por uma fita branca em torno da caixa.

Quando o filme estreou na Alemanha Ocidental, em Fevereiro de 1976, suas cópias foram apreendidas por ordem judicial. Após a tradicional pendenga jurídica, foi liberado sem restrições.

A denominação “Salò” se refere à cidade vizinha ao Lago Garda onde o filme é ambientado. É óbvia a correlação entre o topônimo e o regime fascista de Benito Mussolini.

Salò é a primeira parte da Trilogia da Morte – contraposta à polêmica Trilogia da Vida - cujos episódios subsequentes jamais seriam rodados.

Quando perguntado sobre o tipo de público ao qual o filme seria dirigido, Pasolini respondeu: “A todos. A pessoas como eu.”

Ennio Morricone, responsável pela trilha jazzística de Saló, declarou-se extremamente incomodado pelo que assistira durante a projeção.

A sequência na qual uma jovem devora excrementos foi definida pelo diretor, como “metáfora para o consumismo dos capitalistas e a ascendência da cultura ‘junk food’" então em voga.

Pasolini foi assassinado antes do lançamento do filme.

14.5.12

#Sobre os filmes da VI Semana do Filme Cult: Pink Flamingos




PINK FLAMINGOS – Pink Flamingos – EUA - (1972)
Direção: John Waters – Duração: 93 min.
Elenco: Divine, David Lochary, MaryVivian Pearce
Sinopse: O travesti Divine, disfarçado como o excêntrico Babs Johnson, vive em trailer na floresta com a mãe Eddie. O cenário, na provinciana Baltimore, é caótico, assolado por personagens como o casal Connie/Raymond Marble que rapta e engravida caronistas a fim de vender seus bebês a casais de gays e lésbicas. Com o dinheiro, distribuem heroína nos colégios das cercanias, até verem seus planos colocados em risco por Divine.

Pink Flamingos será exibido no Sábado (19/05) da Semana do Filme Cult

CURIOSIDADES

As fezes de cachorro utilizadas na mais polêmica das sequências são reais. De acordo com Waters, o cão teria sido alimentado durante três dias consecutivos para o “efeito” se tornar mais realista.

A trilha original foi substituída no relançamento de 1997. Para a música de abertura durante a festa, a faixa Sixteen Candles deu lugar a Happy, Happy Birthday, Baby.

Segundo o diretor, o orçamento do filme foi tão apertado que a equipe se viu obrigada a trabalhar apenas com um rolo de celuloide também usado como fita-master na hora da montagem.

O filme possui uma das mais longas aberturas com créditos. Atores e extras são citados um a um, sem omissões.

A tintura usada para o cabelo de David Lochary é de hidrocor Magic Marker azul, pintada por ele mesmo.

Divine e os convidados na cena da festa cheiraram amil-nitrato de verdade, na época uma droga vendida legalmente nas farmácias norte-americanas.

11.5.12

#Sobre os filmes da VI Semana do Filme Cult: A Cruel Picture




A CRUEL PICTURE – En Grym Film – SUE - (1974)
Direção: Bo Arne Vibenius – Duração: 104 min.
Elenco: Christina Lindberg, Heinz Hopf, Despina Tomaz
Sinopse: Após ser violentada por homem mais velho quando criança, mulher perde a voz e passa a frequentar terapia para recuperá-la. Certo dia, a caminho de uma das sessões, é raptada por um homem que junto à sua quadrilha, decide torná-la escrava sexual. Dessa vez, esboça-se uma reação que gradativamente se transforma em terrível vingança.

"A Cruel Picture" será exibido na sexta-feira (18) da Semana do Filme Cult

CURIOSIDADES

O filme possui diversas metragens ao redor do mundo, devido aos cortes que sofreu: além da duração original de 104 min, 80 no Reino Unido, 82 nos Estados Unidos e 92 minutos na Austrália.

Com o intuito de se recuperar de um fracasso anterior no Cinema de seu país, o sueco Bo Arne Vibenius realizou o filme com a intenção de criar uma obra extremamente comercial. Os atores tinham uma cláusula no contrato que os obrigava a não revelarem a identidade do diretor.

A censura sueca baniu o filme em 4 de Abril de 1973. Apesar da frase publicitária que cita o fato, esta não é a primeira produção a ser proibida naquele país, e sim o lendário Trädgardsmästaren.

Cristina Lindberg não tinha carteira de motorista, mas se arriscou a dirigir no filme mesmo assim, com um policial deitado no chão do carro, a passar as marchas. Durante a pré-produção do filme, acabou presa ao treinar tiro, acusada de estar mirando na vizinhança.

Por muito tempo perdurou o boato de que um cadáver de verdade teria sido usado na cena em que o olho de Madeleine é removido com um bisturi. Numa entrevista de 2006, a própria atriz confirmou a versão, declarando que o corpo era de uma jovem que cometera suicídio.

O diretor Bo Arne Vibenius surge numa das cenas como o vendedor de hot-dog que mostra a Madeleine o caminho até o cais.