18.12.08

Cineclube Natal - 147ª exibição: Adorável Avarento


Venha festejar o espírito natalino com o
Cineclube Natal na última sessão do ano!


O Cineclube Natal, em parceria com o Nalva Melo Salão Café, exibirá nesta sexta-feira, dia 19 de dezembro, o filme natalino Adorável Avarento (1971). Lembrando que a exibição será a última do ano, encerrando as atividades do Cineclube Natal em 2008
(veja abaixo, um retrospecto das atividades do ano).

Para ler ouvindo:
trilha sonora de Adorável Avarento, indicada ao Oscar e ao Globo de Ouro de Melhor Canção



O filme começa às 20:00 horas e a entrada custa R$ 2,00 (dois reais). O espírito de Natal transforma-se em uma celebração musical da vida, nesta empolgante adaptação de U"m Conto de Natal", o adorável clássico de Charles Dickens. O maldoso e sarcástico Ebeneezer Scrooge (Albert Finney) tem sempre a cara fechada e uma atitude falsa para qualquer um que cruze seu caminho. Mas naquela noite de Natal, ele vai conhecer o terrível destino que o aguarda se continuar com sua avareza. Um a um, os fantasmas do Natal Passado, Presente e Futuro levam o atônito Ebeneezer a uma incrível viagem no tempo - mostrando a ele, em uma única e mágica noite, o que levaria a vida inteira para
ensinar.

Enriquecido por onze alegres canções e um elenco que inclui Sir Alec Guinness, Dame Edith Evans e Kenneth More, esta produção relativamente modesta dirigida pelo veterano Ronald Neame (hoje, com 97 anos) teve resultados surpreendentes. Recebeu quatro indicações ao Oscar de 1971, por trilha, canção original, direção de arte e figurino (e sem dúvida mereceria o prêmio pela fotografia). Recebeu também cinco indicações ao Globo de Ouro, incluindo Melhor Ator para Albert Finney, que merecidamente ganhou. É memorável a versão que Finney criou do personagem Scrooge, que apesar de aparentar estar na casa dos 80 anos ao longo do filme, foi interpretado pelo ator que na época ainda estava em seus 34 anos. Chega a ser chocante como Finney foi capaz de tornar-se um idoso para este papel, repleto de trejeitos típicos de velhinhos turrões. E Alec Guinness, da mesma forma quase irreconhecível, dando "vida" a um sofrido fantasma que vaga pelo nada envolto por correntes que simbolizam o apego que teve aos bens materiais em vida.

Enfim, nada como um filme natalino para encerarr as atividades do Cineclube Natal deste ano. Nós, que damos continuidade ao projeto, gostaríamos de agradecer a presença marcante do público natalense nas nossas sessões, tornando a árdua tarefa de levar adiante o ideal cineclubista gratificante. Desejamos a todos um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de realizações - e muitos filmes!

Lembramos ainda que antes dessa sessão, às 18h, também no Nalva Melo Café Salão, estaremos fazendo uma conversa com os interessados em colaborar com o Cineclube Natal no ano de 2009.

A Diretoria (Pedro, Nelson, Enrique e Gian).



Retrospecto de atividades do Cineclube Natal em 2008
  • 67 filmes (entre longas, médias e curtas-metragens)
  • 40 sessões (de 12 de janeiro a 19 de dezembro)
  • 5 projetos de exibição regulares ("Cinema e Fé", "Cine Vanguarda", "Cine Café", "Cine Assembléia" e "Cine Curumim")
  • 3 mostras: "II Semana do Filme Cult" (7 longas-metragens),
    "II Mostra Cineclubista de Curtas Potiguares" (12 curtas-metragem) e "O Cinema Aprende a Falar" (5 longas-metragens)
  • 1 curso: "O Cinema Aprende a Falar", com prof. Máximo Barro (FAAP/SP)
  • 1 co-realização de festival: "Goiamum Audiovisual" (em conjunto com Zoon Fotografia, Prefeitura do Natal e FUNCARTE - Fundação Cultural Capitania das Artes)
  • 3 participações em comissões avaliadoras e júris oficiais: Lei de Incentivo Estadual Câmara Cascudo, DOCTV IV, Prêmio William Cobbet do Audiovisual, Festival do Vídeo Potiguar (FestNatal) e Curta Natal/Cinemada
  • 1 manifesto: "A Sala Estava Escura Mas Notamos a Sua Falta!" (clique aqui para ler)



Assista aqui ao trailer (em inglês) de Adorável Avarento:



Sessão Cine Café
Sexta, 19 de dezembro
20 horas
Nalva Melo Café Salão
Av. Duque de Caxias, 110, Ribeira
Fone: 3212-1655
R$ 2.00
Classificação indicativa: Livre


[FICHA TÉCNICA: "ADORÁVEL AVARENTO"]
Título original: Scrooge

País: Inglaterra

Ano: 1970

Duração: 120 minutos

Cor: colorido

Idioma: inglês

Gênero: drama, musical, fantasia

Estúdio: Waterbury Films, National General Pictures
Roteiro: Leslie Bricusse, de um conto de Charles Dickens

Direção: Ronald Neame

Produção: Leslie Bricusse, David W. Orton, Robert H. Solo

Fotografia: Oswald Morris

Música: Leslie Bricusse

Direção de Arte: Robert Cartwright

Figurino: Margaret Furse

Edição: Peter Weatherley

Elenco: Albert Finney, Alec Guinness, Edith Evans, Kenneth More, Michael Medwin, Laurence Naismith

Prêmios: Globo de Ouro de Melhor Ator (Musical/Comédia) (Albert Finney); Indicado ao Globo de Ouro de Melhor FIlme, Melhor Roteiro, Melhor Canção e Melhor Trilha Sonora; Indicado aos Oscar de Melhor Direção de Arte, Melhor Canção, Melhor Figurino e Melhor Trilha Sonora; Indicado ao BAFTA de Melhor Direção de Arte


Sessão passada em fotos: "A Felicidade Não Se Compra"



cineclubenatal@cineclubes.org
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Comunidade Cineclube Natal no Orkut
8805 - 4666 / 9406 – 8177 / 9404 – 8765


13.12.08

Cineclube Natal - 146ª exibição: A Felicidade Não Se Compra


Um clássico natalino no TCP


O Cineclube Natal, apresentará neste domingo, dia 14 de dezembro, na última sessão do mês dentro do projeto Cine Vanguarda, o amado clássico de Frank Capra, A Felicidade Não se Compra. A sessão começará às 17:00 horas e a entrada custa R$ 2,00 (dois reais). A Felicidade Não se Compra é um filme agradável ao máximo, estrelado pelo inesquecível James Stewart, como George Bailey, o homem que recebe o maior de todos os presentes de Natal. Com um fantástico elenco, incluindo Donna Reed e Lionel Barrymore, este conto natalino de altíssimo astral é dirigido pelo imortal Frank Capra e é considerado o favorito de todos os tempos por fãs e críticos.

Este é o tipo de filme que conseguiu sobreviver com o passar dos anos. Mais que isso, consiste num clássico que ficou ainda melhor com a idade, pelo seu visionário conteúdo que o tornou um dos mais belos filmes já feitos. Não que ele seja de fortes conflitos, tensão dramática constante ou recheado de cenas para fazer chorar. A película acerta nos conceitos mais básicos que todo ser humano deveria ter: compaixão, solidariedade, amor verdadeiro, honestidade... George Bailey (James Stewart, de Janela Indiscreta e Um Corpo Que Cai) é um jovem que sonha em crescer na vida e ajudar o mundo a ser melhor. Entretanto, em certo momento de sua vida, devido a problemas finanaceiros, George tenta se matar, e é nesse ponto que o filme aproveita para discutir seus temas: o que é melhor, ter muitos amigos ou se aproveitar das pessoas por causa do capitalismo e faturar em cima de seus sonhos? Será que nossas ações passam despercebidas por Deus? Será que quando encontramos um amor de verdade devemos embarcar nele ou deixá-lo para trás com medo do futuro?

São temas discutidos de uma maneira diferente. Ao invés de termos um aprofundamento claro durante as cenas, elas simplesmente vão acontecendo e você vai absorvendo suas intenções mesmo que inconscientemente. Ao final, você já está emocionado com tudo o que passou na vida de George, e a mágica do filme está na ligação que você faz entre a vida desse personagem fictício com a sua vida real.

James Stewart, que já havia trabalhado com Frank em A Mulher Faz o Homem, mostra o seu brilhantismo de sempre, oferecendo tudo o que George exigia na construção de seu personagem. O curioso é que quase que James não interpretou o papel, pois queria descansar da guerra em que havia acabado de lutar, mas após muita insistência de Frank, ele aceitou. Sua companheira de cena é Donna Reed, que faz o papel da mulher "também perfeita" de George, compreensiva, amorosa e companheira em todas as situações. O trabalho e a química entre os dois são tão bons que, se não funcionassem dessa maneira, aí sim o filme poderia cair na banalidade e parecer uma lição de moral boba e superficial.

Com toda essa inocência terna e sincera, A Felicidade Não Se Compra é até hoje um dos mais belos filmes do mundo, pois trata de temas importantes com simplicidade e de maneira tocante sem nunca parecer piegas ou infantil. Seus personagens perfeitos não caem na chatice ou na antipatia, e sim funcionam como o perfeito exemplo de como uma boa pessoa pode ser. Em um mundo capitalista de como era o de 1946, pós-crise de 1929 e o início da reconstrução após a Segunda Guerra Mundial, devíamos refletir em pleno século XXI sobre o que Capra queria nos dizer naquele tempo, sobre os verdadeiros valores da vida.


Assista aqui ao trailer (em inglês) de A Felicidade Não Se Compra:


Sessão Cine Vanguarda
Domingo, 14 de dezembro
17 horas
TCP - Teatro de Cultura Popular "Chico Daniel"
Rua Jundiaí, 641, Tirol
Fone: 3232-5307
R$ 2.00
Classificação indicativa: Livre


[FICHA TÉCNICA: "A FELICIDADE NÃO SE COMPRA"]
Título original: It's A Wonderful Life
País: Estados Unidos
Ano: 1946

Duração: 130 minutos
Cor: preto e branco

Idioma: inglês

Gênero: drama, comédia, fantasia, romance

Estúdio: Liberty Films, RKO Pictures

Roteiro: Frances Goodrich, Albert Hackett, Frank Capra, Jo Swerling, Michael Wilson, de um conto de Philip Van Doren Stern

Direção: Frank Capra

Produção: Frank Capra

Fotografia: Joseph F. Biroc, Joseph Walker, Victor Milner

Direção de Arte: Jack Okey

Figurino: Edward Stevenson

Edição: William Hornbeck

Elenco: James Stewart, Donna Reed, Lionel Barrymore, Jimmy Hawkins, Thomas Mitchell, Henry Travers

Prêmios: Globo de Ouro de Melhor Diretor; Indicado aos Oscar de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Edição, Melhor Som e Melhor Ator (James Stewart)



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