18.12.08

Cineclube Natal - 147ª exibição: Adorável Avarento


Venha festejar o espírito natalino com o
Cineclube Natal na última sessão do ano!


O Cineclube Natal, em parceria com o Nalva Melo Salão Café, exibirá nesta sexta-feira, dia 19 de dezembro, o filme natalino Adorável Avarento (1971). Lembrando que a exibição será a última do ano, encerrando as atividades do Cineclube Natal em 2008
(veja abaixo, um retrospecto das atividades do ano).

Para ler ouvindo:
trilha sonora de Adorável Avarento, indicada ao Oscar e ao Globo de Ouro de Melhor Canção



O filme começa às 20:00 horas e a entrada custa R$ 2,00 (dois reais). O espírito de Natal transforma-se em uma celebração musical da vida, nesta empolgante adaptação de U"m Conto de Natal", o adorável clássico de Charles Dickens. O maldoso e sarcástico Ebeneezer Scrooge (Albert Finney) tem sempre a cara fechada e uma atitude falsa para qualquer um que cruze seu caminho. Mas naquela noite de Natal, ele vai conhecer o terrível destino que o aguarda se continuar com sua avareza. Um a um, os fantasmas do Natal Passado, Presente e Futuro levam o atônito Ebeneezer a uma incrível viagem no tempo - mostrando a ele, em uma única e mágica noite, o que levaria a vida inteira para
ensinar.

Enriquecido por onze alegres canções e um elenco que inclui Sir Alec Guinness, Dame Edith Evans e Kenneth More, esta produção relativamente modesta dirigida pelo veterano Ronald Neame (hoje, com 97 anos) teve resultados surpreendentes. Recebeu quatro indicações ao Oscar de 1971, por trilha, canção original, direção de arte e figurino (e sem dúvida mereceria o prêmio pela fotografia). Recebeu também cinco indicações ao Globo de Ouro, incluindo Melhor Ator para Albert Finney, que merecidamente ganhou. É memorável a versão que Finney criou do personagem Scrooge, que apesar de aparentar estar na casa dos 80 anos ao longo do filme, foi interpretado pelo ator que na época ainda estava em seus 34 anos. Chega a ser chocante como Finney foi capaz de tornar-se um idoso para este papel, repleto de trejeitos típicos de velhinhos turrões. E Alec Guinness, da mesma forma quase irreconhecível, dando "vida" a um sofrido fantasma que vaga pelo nada envolto por correntes que simbolizam o apego que teve aos bens materiais em vida.

Enfim, nada como um filme natalino para encerarr as atividades do Cineclube Natal deste ano. Nós, que damos continuidade ao projeto, gostaríamos de agradecer a presença marcante do público natalense nas nossas sessões, tornando a árdua tarefa de levar adiante o ideal cineclubista gratificante. Desejamos a todos um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de realizações - e muitos filmes!

Lembramos ainda que antes dessa sessão, às 18h, também no Nalva Melo Café Salão, estaremos fazendo uma conversa com os interessados em colaborar com o Cineclube Natal no ano de 2009.

A Diretoria (Pedro, Nelson, Enrique e Gian).



Retrospecto de atividades do Cineclube Natal em 2008
  • 67 filmes (entre longas, médias e curtas-metragens)
  • 40 sessões (de 12 de janeiro a 19 de dezembro)
  • 5 projetos de exibição regulares ("Cinema e Fé", "Cine Vanguarda", "Cine Café", "Cine Assembléia" e "Cine Curumim")
  • 3 mostras: "II Semana do Filme Cult" (7 longas-metragens),
    "II Mostra Cineclubista de Curtas Potiguares" (12 curtas-metragem) e "O Cinema Aprende a Falar" (5 longas-metragens)
  • 1 curso: "O Cinema Aprende a Falar", com prof. Máximo Barro (FAAP/SP)
  • 1 co-realização de festival: "Goiamum Audiovisual" (em conjunto com Zoon Fotografia, Prefeitura do Natal e FUNCARTE - Fundação Cultural Capitania das Artes)
  • 3 participações em comissões avaliadoras e júris oficiais: Lei de Incentivo Estadual Câmara Cascudo, DOCTV IV, Prêmio William Cobbet do Audiovisual, Festival do Vídeo Potiguar (FestNatal) e Curta Natal/Cinemada
  • 1 manifesto: "A Sala Estava Escura Mas Notamos a Sua Falta!" (clique aqui para ler)



Assista aqui ao trailer (em inglês) de Adorável Avarento:



Sessão Cine Café
Sexta, 19 de dezembro
20 horas
Nalva Melo Café Salão
Av. Duque de Caxias, 110, Ribeira
Fone: 3212-1655
R$ 2.00
Classificação indicativa: Livre


[FICHA TÉCNICA: "ADORÁVEL AVARENTO"]
Título original: Scrooge

País: Inglaterra

Ano: 1970

Duração: 120 minutos

Cor: colorido

Idioma: inglês

Gênero: drama, musical, fantasia

Estúdio: Waterbury Films, National General Pictures
Roteiro: Leslie Bricusse, de um conto de Charles Dickens

Direção: Ronald Neame

Produção: Leslie Bricusse, David W. Orton, Robert H. Solo

Fotografia: Oswald Morris

Música: Leslie Bricusse

Direção de Arte: Robert Cartwright

Figurino: Margaret Furse

Edição: Peter Weatherley

Elenco: Albert Finney, Alec Guinness, Edith Evans, Kenneth More, Michael Medwin, Laurence Naismith

Prêmios: Globo de Ouro de Melhor Ator (Musical/Comédia) (Albert Finney); Indicado ao Globo de Ouro de Melhor FIlme, Melhor Roteiro, Melhor Canção e Melhor Trilha Sonora; Indicado aos Oscar de Melhor Direção de Arte, Melhor Canção, Melhor Figurino e Melhor Trilha Sonora; Indicado ao BAFTA de Melhor Direção de Arte


Sessão passada em fotos: "A Felicidade Não Se Compra"



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13.12.08

Cineclube Natal - 146ª exibição: A Felicidade Não Se Compra


Um clássico natalino no TCP


O Cineclube Natal, apresentará neste domingo, dia 14 de dezembro, na última sessão do mês dentro do projeto Cine Vanguarda, o amado clássico de Frank Capra, A Felicidade Não se Compra. A sessão começará às 17:00 horas e a entrada custa R$ 2,00 (dois reais). A Felicidade Não se Compra é um filme agradável ao máximo, estrelado pelo inesquecível James Stewart, como George Bailey, o homem que recebe o maior de todos os presentes de Natal. Com um fantástico elenco, incluindo Donna Reed e Lionel Barrymore, este conto natalino de altíssimo astral é dirigido pelo imortal Frank Capra e é considerado o favorito de todos os tempos por fãs e críticos.

Este é o tipo de filme que conseguiu sobreviver com o passar dos anos. Mais que isso, consiste num clássico que ficou ainda melhor com a idade, pelo seu visionário conteúdo que o tornou um dos mais belos filmes já feitos. Não que ele seja de fortes conflitos, tensão dramática constante ou recheado de cenas para fazer chorar. A película acerta nos conceitos mais básicos que todo ser humano deveria ter: compaixão, solidariedade, amor verdadeiro, honestidade... George Bailey (James Stewart, de Janela Indiscreta e Um Corpo Que Cai) é um jovem que sonha em crescer na vida e ajudar o mundo a ser melhor. Entretanto, em certo momento de sua vida, devido a problemas finanaceiros, George tenta se matar, e é nesse ponto que o filme aproveita para discutir seus temas: o que é melhor, ter muitos amigos ou se aproveitar das pessoas por causa do capitalismo e faturar em cima de seus sonhos? Será que nossas ações passam despercebidas por Deus? Será que quando encontramos um amor de verdade devemos embarcar nele ou deixá-lo para trás com medo do futuro?

São temas discutidos de uma maneira diferente. Ao invés de termos um aprofundamento claro durante as cenas, elas simplesmente vão acontecendo e você vai absorvendo suas intenções mesmo que inconscientemente. Ao final, você já está emocionado com tudo o que passou na vida de George, e a mágica do filme está na ligação que você faz entre a vida desse personagem fictício com a sua vida real.

James Stewart, que já havia trabalhado com Frank em A Mulher Faz o Homem, mostra o seu brilhantismo de sempre, oferecendo tudo o que George exigia na construção de seu personagem. O curioso é que quase que James não interpretou o papel, pois queria descansar da guerra em que havia acabado de lutar, mas após muita insistência de Frank, ele aceitou. Sua companheira de cena é Donna Reed, que faz o papel da mulher "também perfeita" de George, compreensiva, amorosa e companheira em todas as situações. O trabalho e a química entre os dois são tão bons que, se não funcionassem dessa maneira, aí sim o filme poderia cair na banalidade e parecer uma lição de moral boba e superficial.

Com toda essa inocência terna e sincera, A Felicidade Não Se Compra é até hoje um dos mais belos filmes do mundo, pois trata de temas importantes com simplicidade e de maneira tocante sem nunca parecer piegas ou infantil. Seus personagens perfeitos não caem na chatice ou na antipatia, e sim funcionam como o perfeito exemplo de como uma boa pessoa pode ser. Em um mundo capitalista de como era o de 1946, pós-crise de 1929 e o início da reconstrução após a Segunda Guerra Mundial, devíamos refletir em pleno século XXI sobre o que Capra queria nos dizer naquele tempo, sobre os verdadeiros valores da vida.


Assista aqui ao trailer (em inglês) de A Felicidade Não Se Compra:


Sessão Cine Vanguarda
Domingo, 14 de dezembro
17 horas
TCP - Teatro de Cultura Popular "Chico Daniel"
Rua Jundiaí, 641, Tirol
Fone: 3232-5307
R$ 2.00
Classificação indicativa: Livre


[FICHA TÉCNICA: "A FELICIDADE NÃO SE COMPRA"]
Título original: It's A Wonderful Life
País: Estados Unidos
Ano: 1946

Duração: 130 minutos
Cor: preto e branco

Idioma: inglês

Gênero: drama, comédia, fantasia, romance

Estúdio: Liberty Films, RKO Pictures

Roteiro: Frances Goodrich, Albert Hackett, Frank Capra, Jo Swerling, Michael Wilson, de um conto de Philip Van Doren Stern

Direção: Frank Capra

Produção: Frank Capra

Fotografia: Joseph F. Biroc, Joseph Walker, Victor Milner

Direção de Arte: Jack Okey

Figurino: Edward Stevenson

Edição: William Hornbeck

Elenco: James Stewart, Donna Reed, Lionel Barrymore, Jimmy Hawkins, Thomas Mitchell, Henry Travers

Prêmios: Globo de Ouro de Melhor Diretor; Indicado aos Oscar de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Edição, Melhor Som e Melhor Ator (James Stewart)



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20.11.08

Cineclube Natal - 144ª exibição: Pacto de Sangue


Um Clássico de Billy Wilder
no Cine Vanguarda

O Cineclube Natal, em parceria com o Teatro de Cultura Popular, tem o prazer de apresentar dentro do Projeto Cinevanguarda, o clássico Pacto Sangue, um dos filmes mais festejados do diretor Billy Wilder ("Quanto Mais Quente Melhor", "Se Meu Apartamento Falasse", dentre outros). A sessão irá realizar-se domingo, dia 23 de novembro, começando às usuais 17:00 horas e a entrada custa a pechincha de R$ 2,00 (dois reais).

Considerado uma referência do estilo noir, Pacto de Sangue, cuja estória é baseada no livro "Three of a Kind" de James M. Cain, consiste num sarcástico, engenhoso e sórdido 'thriller' sobre adultério, corrupção e assassinato. Seu roteiro, muito bem estruturado, foi escrito por Wilder, juntamente com o detetive romancista Raymond Chandler (que também escreveu o referencial À Beira do Abismo). A história teve por base um crime ocorrido em março de 1927, em Nova York, perpetrado pela dona-de-casa Ruth Snyder e por seu amante, Judd Gray, um vendedor de 32 anos.

No filme, o agente de seguros Walter Neff conhece a atraente (e
casada) Phyllis Dietrichson durante uma visita de trabalho. Eles logo se apaixonam e Phyllis o convence a elaborar um plano para assassinar seu marido, depois deste fazer um seguro de acidente pessoal. O objetivo? Ficar com o dinheiro do seguro. Mas nem tudo dá certo.

Indicado a 7 Oscar, incluindo melhor filme e atriz; Pacto de Sangue, além de suas inúmeras qualidades, ainda conta com a presença da femme fatale Barbara Stanwyck, sob a direção magistral do mestre Wilder, bem como a bela trilha sonora de Miklós Rózsa. Todos estão convidados.

Assista aqui ao trailer (em inglês) de Pacto de Sangue:


Sessão Cine Vanguarda
Domingo, 23 de novembro
17 horas
TCP - Teatro de Cultura Popular "Chico Daniel"
Rua Jundiaí, 641, Tirol
Fone: 3232-5307
R$ 2.00
Classificação indicativa: 16 anos


[FICHA TÉCNICA: "PACTO DE SANGUE"]
Título original: Double Indemnity
País: Estados Unidos
Ano: 1944
Duração: 110 minutos
Cor: preto e branco
Idioma: inglês
Gênero: suspense, noir, crime
Estúdio: Paramount Pictures
Roteiro: Billy Wilder, Raymond Chandler, de um romance de James M. Cain
Direção: Billy Wilder
Produção: Buddy G. DeSylva, Joseph Sistrom
Fotografia: John F. Seitz
Música: Miklós Rózsa
Direção de Arte: Hans Dreier, Hal Pereira
Figurino: Edith Head
Edição: Doane Harrison
Elenco: Fred MacMurray, Barbara Stanwyck, Edward G. Robinson, Porter Hall, Jean Heather

Prêmios: Indicado aos Oscar de Melhor Filme, Melhor Roteiro, Melhor Direção, Melhor Fotografia, Melhor Som, Melhor Trilha Sonora, Melhor Atriz (
Barbara Stanwyck)


Sessão passada em fotos: "Pai Patrão"



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6.11.08

Cineclube Natal - 143ª exibição: Relíquia Macabra



O melhor do "noir"
no Cine Café

Nesta sexta-feira, dia 07 de novembro, o Cineclube Natal, em parceria com Nalva Melo Salão Café, apresentará o filme Relíquia Macabra (1941), do diretor americano John Huston, considerado um dos maiores filmes "noir" da história do cinema. A sessão começará às 20:00 horas e a entrada custa R$ 2,00 (dois reais).

A história gira em torno de um grupo de pessoas que tentam, desesperadamente, colocar as mãos numa estátua coberta de ouro e cheia de jóias preciosas por dentro (o tal "falcão maltês" do título original em inglês). Samuel Space, o personagem de Humphrey Bogart, é um detetive particular que é contratado por uma mulher misteriosa,
envolvida com um homem sinistro. Contando sua história, Samuel logo percebe que a mulher está mentindo e, quando o seu parceiro é assassinado, descobre estar participando de uma complicada trama envolvendo a busca pela relíquia, enquanto diferentes personagens cheios de segredos vão cruzando seu caminho.

Relíquia Macabra (ou Falcão Maltês, como também foi batizado no brasil) consiste, sem dúvida, num grande filme noir. Este estilo de filme é uma manifestação tipicamente americana (se bem que descendente do expressionismo alemão), primariamente associado a enredos policiais, que retrata seus personagens principais num mundo cínico e antipático. Tendem a utilizar sombras dramáticas, alto contraste, iluminação "low key" e película em preto-e-branco.

Muitos noirs foram filmados em locações reais, durante a noite (sombras de venezianas sobre o rosto de um ator enquanto ele olha através da
janela são um ícone visual no film noir, já tendo se tornado um cliché). Apresentam personagens desesperados num universo desapiedado. Crime, geralmente assassinato, é um elemento que permeia a maioria dos films noirs, geralmente carregados de ciúmes, corrupção e fraqueza moral.

A maioria desses filmes contém certos personagens
arquétipos ("femme-fatales", policiais corruptos, maridos ciumentos, corretores de seguros e bodes expiatórios), locações famosas (Los Angeles, New York e San Francisco), e temática recorrente nos roteiros (tramas de assaltos, histórias de detetives, filmes de gangsters e de julgamentos).

E é exatamente nisso que se traduz Relíquia Macabra. A história já foi praticamente contada acima, mas o que realmente importa comentar é porque esse filme é tão bom. A trama é envolvente e engloba tudo que um filme policial deve ter: diálogos rápidos e cortantes, criminosos impiedosos, reviravoltas, mentiras e personagens misteriosos. Claro que a presença do astro Humphrey Bogart também ajuda, especialmente sob a direção precisa de John Huston, que sempre soube extrair o melhor do ator.

Mesmo depois de mais de 60 anos, o filme ainda chama a atenção com suas surpresas e reviravoltas. Não é à toa que está tão perto do topo da lista de melhores filmes de todos os tempos divulgada pela AFI há alguns anos atrás. Relíquia Macabra é um filme altamente recomendável, sendo uma obra que infulenciou - e ainda o faz - toda uma geração de cineastas (basta assistir "Chinatown" e "Los Angeles - Cidade Proibida" para tirar a prova).

Assista aqui ao trailer (em inglês) de Relíquia Macabra:


Sessão Cine Café
Sexta, 07 de novembro
20 horas
Nalva Melo Café Salão
Av. Duque de Caxias, 110, Ribeira
Fone: 3212-1655
R$ 2.00
Classificação indicativa: 14 anos


[FICHA TÉCNICA: "RELÍQUIA MACABRA" ou "O FALCÃO MALTÊS"]
Título original: The Maltese Falcon
País: Estados Unidos
Ano: 1941
Duração: 101 minutos
Cor: preto e branco
Idioma: inglês
Gênero: noir, mistério, crime
Estúdio: Warner Brothers
Roteiro: John Huston, de um romance de Dashiell Hammett
Direção: John Huston
Produção: Henry Blanke, Hal B. Wallis
Fotografia: Arthur Edeson
Música: Adolph Deutsch
Direção de Arte: Robert M. Haas
Figurino: Orry-Kelly
Edição: Thomas Richards
Elenco: Humphrey Bogart, Mary Astor, Peter Lorre, Sydney Greenstreet, Gladys George, Ward Bond, Barton MacLane

Prêmios: Indicado aos Oscar de Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Ator Coadjuvante (
Sydney Greenstreet)




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29.10.08

Cineclube Natal - 142ª exibição: Pai Patrão


O Conflito de Gerações
na tela do Cine Assembléia


O Cineclube Natal, em parceria com a Assembléia Legislativa, dentro do projeto Cine Assembléia, apresentará nesta quinta-feira, 30 de outubro de 2008, o aclamado filme Pai Patrão (1977), dos irmãos Taviani. A sessão começará às seis horas em ponto no auditório da Assembléia e a entrada é franca, com direito a pipoca grátis.

Sendo o primeiro filme até hoje a ganhar os dois prêmios máximos do Festival de Cannes (a Palma de Ouro de Melhor Filme e o Prêmio da Federação Internacional de Críticos), Pai Patrão é um grande filme italiano. Talvez o trabalho mais conhecido dos irmãos Taviani, diretores dos memoráveis "Bom, Dia Babilônia" e "A Noite de São Lourenço". Este contundente drama mostra a trajetória de Gavino, um menino que é obrigado pelo pai, interpretado por Omero Antonutti, a abandonar os estudos para trabalhar no campo, cuidando das ovelhas na Sardenha, sul da Itália. Todas as suas tentativas de mudar de vida são frustradas pela ignorância e pela violência do patriarca. Com o tempo, o jovem Gavino, interpretado por Fabrizio Forte, descobre sua única saída: estudar. Ter a arma que seu pai não possui: a cultura.

Os diretores irmãos Paolo (58 anos) e Vittorio (60 anos), retratam com brilhantismo a figura primitiva de estranhamento e opressão milenar: a do patriarca, senhor da Vida e da Morte no seio da família, instituição primordial da sociedade humana. No caso, o pai oprime o filho, buscando nele força de trabalho servil na atividade de pastoreio. Por isso, castra todas as possibilidades de desenvolvimento humano de Gavino. O estranhamento é imposto pelo próprio pai, assumindo caráter ancestral, quase-natural, ligado a formas tradicionais de opressão social. Os Irmãos Taviani expõem o conflito entre disposições ancestrais primitivas, quase da Natureza inculta, em plena época da modernidade do capital. É através da reapropiação da cultura que Gavino irá buscar uma saída para seu estranhamento primordial. O pai, como a Natureza, é superado, mas não eliminado, como sugere a cena final. Ele persiste como memória-hábito, no gesto da vigília cadenciada no pasto.

Baseado na autobiografia do escritor Gavino Ledda, falado em dialeto sardo, interpretado por atores amadores e com fotografia de Mario Masini, Pai Patrão foi um dos filmes italianos mais destacados dos anos 70, revelando o grande talento dos irmãos Taviani. No elenco, destacam-se Saverio Marconi, Omero Antonutti, Marcella Michelangeli e Fabrizio Forte, entre outros.


Sessão Cine Assembléia
Quinta-feira, 30 de outubro
18 horas
Assembléia Legislativa
Praça 7 de Setembro, s/n, Cidade Alta
Fone: 3232-5761
Entrada gratuita
Classificação indicativa: 16 anos


[FICHA TÉCNICA: "PAI PATRÃO"]
Título original: Padre Padrone
País: Itália
Ano: 1977
Duração: 114 minutos
Cor: colorido
Idioma: italiano, sarda, latin
Gênero: drama
Estúdio: Cinema S.r.l, RAI, Cinema 5, Artificial Eye
Roteiro: Paolo Taviani, Vittorio Taviani, de um livro de Gavino Ledda
Direção: Paolo Taviani, Vittorio Taviani
Produção: Giuliani G. De Negri
Fotografia: Mario Masini
Música: Egisto Macchi
Direção de Arte: Gianni Sbarra
Figurino: Lina Nerli Taviani
Edição: Roberto Perpignani
Elenco: Omero Antonutti, Marcella Michelangeli, Fabrizio Forte, Saverio Marconi

Prêmios: Palma de Ouro e Prêmio da Federação Internacional de Críticos no Festival de Cannes; Indicado ao BAFTA de Melhor Ator Revelação (Saverio Marconi)



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16.10.08

Cineclube Natal - 140ª exibição: A Primeira Noite de Tranquilidade


O cinema existencial de
Valerio Zurlini na Sessão Vanguarda


O Cineclube Natal, em parceria com o Teatro de Cultura Popular, apresentará domingo, dia 19 de outubro, o filme A Primeira Noite de Tranquilidade, do diretor italiano Valerio Zurlini. A sessão do projeto Cine Vanguarda começará às usuais 17:00 horas e a entrada custa R$ 2,00 (dois reais).

Conhecido como "O Poeta da Melancolia", Zurlini teve uma carreira cinematográfica escassa, constituída por apenas oito filmes, mas o suficiente para mostrar extrema qualidade, como em A Primeira Noite de Tranqüilidade, filme tido como sua obra-prima e que tornou-se um marco na prolífica carreira de Alain Delon, cuja atuação como o personagem Daniele Dominici lhe rendeu elogios da crítica à época do lançamento da película.

O filme se passa na cidade italiana de Rimini, no início dos anos 70. Daniele Dominici é um angustiado professor de literatura que se envolve afetivamente com uma de suas alunas, numa tentativa de preencher o vazio existencial de sua vida. Zurlini apresenta neste filme ecos de um movimento influente naquela época: o existencialismo. Filósofos como Albert Camus e Sartre escreveram sobre homens que vivem sem rumo, nômades ateus que escondem seu passado e ignoram seu futuro. E essas características definem o
protagonista Dominici, um intelectual introvertido, cuja psique casa perfeitamente com o ideal do existencialismo – o passado de Dominici é apresentado em doses homeopáticas: ele é um estranho até mesmo em sua cidade natal, não possui vínculos religiosos ou falimilares e é apolítico: "Para mim, fascistas e socialistas são iguais. Só que os fascistas são mais cretinos", diz ele durante uma aula.

Entretanto, cabe a ressalva que Zurlini não faz de seus filmes melodramas, como outros diretores italianos do mesmo período. Ele é um mestre do rigor formal, das longas e graciosas tomadas de composição quase matemática. Seus enquadramentos são complexos e precisos, mas operados com tamanha graça que parecem espontâneos. Ele é um cineasta minimalista, de emoções contidas. A Primeira Noite de Tranqüilidade é um filme belo e sereno, que resgata as principais características da obra anterior do diretor (o amor impossível, a melancolia, a crítica sutil ao vazio da burguesia italiana já haviam aperecido no belo "A Moça com a Valise"), mas aplica a elas usa abordagem menos direta, mais poética e evocativa, mais oblíqua e controlada.

Diretor de técnica apurada e intelectualidade indiscutível, Zurlini foi, para o mundo do cinema, como um furacão; apareceu com obras que arrebataram toda uma geração de cinéfilos e seguiu seu caminho. Pena que sua carreira foi tão curta (o diretor morreu em 1982, aos 56 anos). O Cineclube Natal convida todos os amantes do cinema para conferir mais esse grande clássico.

Assista aqui a uma cena (em francês) de A Primeira Noite de Tranquilidade:



Sessão Cine Vanguarda
Domingo, 19 deoutubro
17 horas
TCP - Teatro de Cultura Popular "Chico Daniel"
Rua Jundiaí, 641, Tirol
Fone: 3232-5307
R$ 2.00
Classificação indicativa: 16 anos


[FICHA TÉCNICA: "A PRIMEIRA NOITE DE TRANQUILIDADE"]
Título original: La Prima Notte Di Quiete
País: Itália, França
Ano: 1972
Duração: 125 minutos
Cor: colorido
Idioma: italiano
Gênero: drama, romance
Estúdio: Valoria Films, Titatuns
Roteiro: Enrico Medioli, Valerio Zurlini
Direção: Valerio Zurlini
Fotografia: Dario Di Palma
Música: Mario Nascimbene
Direção de Arte:
Figurino: Luca Sabatelli
Edição: Mario Morra
Elenco: Alain Delon, Lea Massari, Giancarlo Giannini, Sonia Petrova, Salvo Randone, Renato Salvatori, Alida Valli


Sessão passada em fotos: "O Enigma de Kaspar Hauser"

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9.10.08

Cineclube Natal - 139ª exibição: Roma, Cidade Aberta


O Neo-realismo vivo
de Rossellini no Cine Café

Nesta sexta-feira, dia 10 de outubro, o Cineclube Natal em Parceria com o Nalva Melo Café Salão, apresentará o filme italiano Roma, Cidade Aberta (1945), do diretor Roberto Rosselinni, abrindo o mês dedicado às produções italianas, que seguirá com as exibições (no Cine Vanguarda e no Cine Assembléia nos dias 19 e 30 de outubro, respectivamente) de "A Primeira Noite de Tranquilidade", de Valério Zurlini e "Pai Patrão", dos irmãos Taviani.

Entre 1943 e 1944, Roma, sob ocupação nazista, é declarada "cidade aberta", para evitar bombardeios aéreos. Nas ruas, comunistas e católicos deixam suas diferenças de lado para combater os alemães e as tropas fascistas. Filmado logo após a libertação da itália, em locações reais e com atores amadores, Roma, Cidade Aberta tornou-se um dos marcos iniciais do neo-realismo italiano, que mostrou ao mundo que era possível se fazer cinema mesmo sob as condições mais precárias. O filme é considerado um dos maiores da história do cinema pela crítica mundial.

Se há uma concordância em apontar a tríade neo-realista Roberto Rossellini, Luchino Visconti e Vittorio De Sica, essa unanimidade não existe para determinar um filme como marco inicial do movimento. Foi, entretanto, com Roma, Cidade Aberta, apresentado em Cannes em 1946, que o neo-realismo italiano tomou proporções maiores. Outros cineastas prepararam, de fato, "o caminho", mas foi Roberto Rossellini que pôs nas telas uma Roma nua, miserável, sórdida. Os símbolos da Itália popular e da Itália corrompida pelo fascismo são mostrados pelas mãos de um cineasta que inicia uma nova fase, recém
passado para o lado da Resistência.

Em Roma, Cidade Aberta, Rossellini tenta compreender e fazer compreender a situação da Itália àquela época. A personagem Pina, interpretada magistralmente por Anna Magnani, por exemplo, assume as feições trágicas da sociedade italiana que lutava por justiça e liberdade. Uma cena crucial envolvendo Pina ficaria marcada, eternamente, na história do cinema.

Roberto Rossellini é um dos diretores mais discutidos em razão de suas escolhas políticas, de sua vida privada e do cristianismo que está em muitas de suas obras. Em 1943, após um período aliado ao fascismo, se juntou à Resistência. O Padre Don Pietro, uma das figuras centrais de Roma, Cidade Aberta, explicita que naquela situação, pouco importava a religião, a classe social ou a ideologia política: os italianos deveriam se unir contra a ocupação. Don Pietro afirma, quando está sendo interrogado pelos nazistas, que é um padre católico, e acredita que quem combate pela justiça e a liberdade caminha nos passos do senhor, que são infinitos.

Mais tarde, o cineasta retomaria o tema da guerra, com mais dois filmes: "Paisá" (1946) e "Alemanha ano zero" (Germania anno zero, 1947). A "trilogia da guerra" é mais um testemunho das condições da Europa do pós-guerra e sua reconstrução, do que uma crítica ao regime fascista. É, porém, um testemunho necessário, que acaba sendo uma prova da luta do povo italiano em favor da liberdade mundial. Um grande clássico mundial, exibido num local charmoso e despojado. Estão esperando o quê? Todos os amantes da sétima arte estão convidados, especialmente aqueles interessados no cinema italiano.

Assista aqui a algumas cenas (com legendas em inglês) de Roma, Cidade Aberta:


Sessão Cine Café
Sexta, 10 de Outubro
20 horas
Nalva Melo Café Salão
Av. Duque de Caxias, 110, Ribeira
Fone: 3212-1655
R$ 2.00
Classificação indicativa: 16 anos


[FICHA TÉCNICA: "ROMA, CIDADE ABERTA"]
Título original: Roma, Città Aperta
País: Itália
Ano: 1945
Duração: 100 minutos
Cor: preto e branco
Idioma: italiano, inglês
Gênero: drama, guerra
Estúdio: Excelsa Film, Minerva Film Spa
Roteiro: Sergio Amidei, Federico Fellini, Roberto Rossellini, de uma estória de Sergio Amidei, Alberto Consiglio
Direção: Roberto Rossellini
Produção: Giuseppe Amato, Ferruccio De Martino, Rod E. Geiger, Roberto Rossellini
Fotografia: Ubaldo Arata
Música: Renzo Rossellini
Edição: Eraldo Da Roma
Elenco: Aldo Fabrizi, Anna Magnani, Marcello Pagliero, Vito Annicchiarico, Nando Bruno, Harry Feist

Prêmios: Grande Prêmio do Festival de Cannes; Indicado ao Oscar de Melhor Roteiro


Sessão passada em fotos: "O Enigma de Kaspar Hauser"



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24.9.08

Cineclube Natal - 138ª exibição: A Conversação

Para ler ouvindo:
trilha sonora de A Conversação


Coppola em grande forma

Nesta quinta-feira, 25 de setembro, o Cineclube Natal, em parceria com a Assembléia Legislativa apresentará, dentro do projeto Cine Assembléia, o filme A Conversação (1974), de um dos diretores mais importantes do cinema americano, Francis Ford Coppola. A sessão começa às 18:00 horas no auditório da Assembléia Legislativa, sendo
que a entrada é gratuita (assim como a pipoca!).

Basta dizer que é o filme que Coppola realizou entre os dois "Poderoso Chefão" e "Apocalipse Now", mas A Conversação é muito mais do que o produto de uma boa fase de um gênio – na verdade, é uma obra-prima muito particular.

Acompanhamos o trabalho do detetive Harry Caul (Gene Hackman, num de seus melhores papéis), um especialista em grampos telefônicos e escutas clandestinas (o melhor, sublinham durante o filme), capaz de registrar uma conversa de duas pessoas em um barco no meio de um lago. Incumbido de gravar um aparente papo acsual de um casal que passeia por uma praça movimentada, Caul mobiliza sua equipe, que capta trechos aleatórios da tal conversação do título, que requer diferentes técnicas e aparelhos para ser decifrada.

Entretanto, após esse trabalho, Harry desconfia que as pessoas às quais grampeou podem estar correndo risco de vida, fato que o joga em uma crise de consciência e em confronto com fantasmas do passado.

Enquanto Caul trabalha, conhecemos um agente fora-da-lei sem vida pessoal, um detetive noir às claras, sem penumbra para disfarçar o amargo de uma existência vazia e sem sentido. Sem dúvida, o filme mais "europeu" de Coppola. Fique atento como a conversa gravada por Harry vai mudando à medida em que trechos vão se tornando claros, uma dupla homenagem de Coppola à importância da edição em um filme e ao seu editor de som e de imagem, Walter Murch, que foi indicado ao Oscar de melhor som.

A atuação de Hackman é um deleite à parte, compondo magistralmente um personagem sem personalidade, escorado na Igreja Católica e no jazz (aprendeu a tocar sax apenas para o filme) como fundações de sua vida. Harry é um homem solitário e hermético, com medo de revelar sua intimidade para quem quer que seja - mas que ganha a vida revelando os segredos alheios mais íntimos.

Certamente, A Conversação consiste num dos grandes filmes dos anos 70. As opções de Coppola – como os longos silêncios – a melancólica trilha, o roteiro preciso e as atuações intocáveis constroem esta obra inteligente, realista e intensa. E, provavelmente, graças ao tema da invasão de privacidade, o filme é mais atual hoje do que na época de seu lançamento. Se você se interessa por películas que representam bem o espírito da época em que foram feitos, sem perder, entretando, sua relevância, esta é uma boa pedida.

Assista aqui ao trailer (em inglês) de A Conversação:


Sessão Cine Assembléia
Quinta-feira, 25 de setembro
18 horas
Assembléia Legislativa
Praça 7 de Setembro, s/n, Cidade Alta
Fone: 3232-5761
Entrada gratuita
Classificação indicativa: 14 anos

[FICHA TÉCNICA: "A CONVERSAÇÃO"]
Título original: The Conversation
País: Estados Unidos
Ano: 1974
Duração: 113 minutos
Cor: colorido
Idioma: inglês
Gênero: drama, suspense, crime, mistério,
Estúdio: American Zoetrope, Paramount Pictures
Roteiro: Francis Ford Coppola
Direção: Francis Ford Coppola
Produção: Francis Ford Coppola, Fred Roos, Mona Skager
Fotografia: Bill Butler
Música: David Shire
Cenário: Doug von Koss
Figurino: Aggie Guerard Rodgers
Edição: Richard Chew
Elenco: Gene Hackman, John Cazale, Allen Garfield, Cindy Williams, Frederic Forrest

Prêmios: Palma de Ouro e Prêmio do Júri Ecumênico no Festival de Cannes; BAFTA de Melhor Edição e Melhor Trilha Sonora; Indicado ao BAFTA de Melhor Roteiro, Melhor Direção e Melhor Ator (Gene Heackman); Indicado aos Oscar de Melhor Filme, Melhor Roteiro Original e Melhor Som; Indicado ao Globo de Ouro de Melhor Filme (Drama), Melhor Roteiro, Melhor Diretor e Melhor Ator (Gene Hackman)


Sessão passada em fotos: "O Enigma De Kaspar Hauser"



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