Exibição nacional de filmes sobre Patativa do Assaré e Mestre Verequete chegam à cidade pelo Cineclube Natal e Livraria Siciliano
No próximo sábado, 25 de julho, o Cineclube Natal, em parceria com a Livraria Siciliano, numa realização do Conselho Nacional de Cineclubes, exibirá os documentários Patativa do Assaré: Ave Poesia e Chama Verequete. O primeiro é uma produção de Rosemberg Cariry e foi vencedor do 5º Festival de Belém do Cinema Brasileiro. Já o filme sobre o Mestre Verequete, personagem fundamental da história do ritmo raiz do Pará, o Carimbó, tem direção e roteiro de Luiz Arnaldo Campos e Rogério Parreira. A sessão é um evento de mobilização nacional, exibindo os filmes em vários cineclubes brasileiros, organizada pelo CNC (Cons. Nacional de Cineclubes).
100 anos de Patativa
Documentário de Rosemberg Cariry estreia no dia do centenario do poeta de Assaré.

No documentário histórico Patativa do Assaré: Ave Poesia, o público poderá acompanhar um pouco dos 93 anos de vida e poesia de Patativa do Assaré. Além da imagem “oficial” do poeta, o documentário mostra aspectos do seu trabalho na roça e do cotidiano com a família e os amigos. A narrativa começa com imagens do velório de Patativa, em nove de julho de 2002, e, a partir daí, percorre sua vida, com referências a acontecimentos pessoais e históricos.
“Patativa é mais do que um poeta. Ele representou a figura arquetípica do velho sábio, do grande mestre, a quem sempre prestamos reverência. A poesia, a consciência política e a ética do Patativa são coisas que marcaram a conduta de vida de uma geração”, comenta Cariry.
Desde 1978, que o cineasta cearense vem filmando aspectos da vida de Patativa do Assaré. “Quando estava em Fortaleza, ele ficava lá em casa, onde registrei muitas de suas conversas gostosas. E eu sempre retribuía a visita, indo até Assaré. Tenho mais de 100 horas de filmagens com ele. Registros em Super-8, 16mm, 35mm, U-Martic, Betacam, em todas as bitolas de vídeo e cinema”, conta. Na construção de Patativa do Assaré - Ave Poesia, com 84 minutos de duração, Rosemberg Cariry mergulhou em seu arquivo pessoal. “Depois da morte do poeta, passei algum tempo para criar coragem e fazer o filme.

Foi quando me debrucei sobre meu farto material”, diz. “O resultado é um filme onde o Patativa fala e mostra-se em suas dimensões poética, humana e política. Não procurei fazer um grande exercício de linguagem. Não tem nada de inovador na produção. Fiz este filme para o velho mestre, para que as pessoas vejam e compreendam a grandeza de Patativa do Assaré.
Espero que o filme esteja à altura do poeta”, completa. Muitos depoimentos ajudam a construir a imagem de Patativa do Assaré. Ricardo Bezerra, Raimundo Fagner, Fausto Nilo, Oswald Barroso, Amâncio, que conviveram com o poeta, participam do filme com seus depoimentos. A obra é resultado de anos de vivência e pesquisa. Além de depoimentos, imagens documentais de Patativa do Assaré e acontecimentos históricos, são usados registros de jornais, tevê, rádio e muitas apresentações públicas do poeta, em teatros, feiras.
A história de Verequete é muito parecida com a história de muitos homens do interior do Pará que deixaram tudo, em seus lugares de origem, para tentar conseguir melhorias de vida na capital do estado. A diferença, no entanto, é que Verequete, nesta sua “diáspora”, carregou consigo diversos elementos de sua cultura “original” e os reelaborou em um novo contexto, um contexto urbano, construindo uma identidade cultural que lhe acompanha desde muito tempo até os nossos dias. O carimbó é a sua arte de transformação. Na verdade, sua música não pode ser considerada como um carimbó típico. Trata-se de um “ponto cantado” que é acompanhado pelos instrumentos do carimbó, ao invés dos tradicionais atabaques. Além disso, em Chama Verequete, como em outros “pontos” reinterpretados por Verequete, não há o acompanhamento musical feito por instrumentos de sopro (clarinete ou flauta), tal como é comum na prática do carimbó. O mesmo acontece com os “pontos” “Balanço do mar” e “A sereia”. Chama Verequete é iniciado com a vibração intensa de dois maracás, enquanto se inicia a invocação da entidade.
[FICHA TÉCNICA: "PATATIVA DO ASSARÉ - AVE POESIA"]
País/estado: Brasil/Ceará
Ano: 2009
Duração: 84 minutos
Idioma: português
Gênero: documentário
Estúdio: Cariri Filmes, Iluminura Filmes
Roteiro: Rosemberg Cariry
Direção: Rosemberg Cariry
Produção: Petrus Cariry e Teta Maia
Fotografia: Jackson Bantim, Ronaldo Nunes, Beto Bola, Kin, Rivelino Mourão, Luiz Carlos Salatiel e Fernando Garcia
Música: Patativa do Assaré, Fagner, Fausto Nilo, Mário Mesquita, Ricardo Bezerra, Pingo de Fortaleza e irmãos Aniceto
Edição: Rosemberg Cariry
Elenco:
Principais premiações: Melhor Filme no 5º Festival de Belém do Cinema Brasileiro
[FICHA TÉCNICA: "CHAMA VEREQUETE"]
País/estado: Brasil/Pará
Ano: 2002
Duração: 18 minutos
Idioma: português
Gênero: documentário
Roteiro: Luiz Arnaldo Campos e Rogério Parreira
Direção: Luiz Arnaldo Campos e Rogério Parreira
Produção Executiva: Marcia Macêdo
Fotografia: Marcelo Brasil
Som: Nicolas Hallet
Direção de Arte: Armando Queiroz
Assistente de Direção: Rubens Shinkai
Música: Paulo Leite
Edição: Paulo Leite
Principais premiações: Menção Honrosa - Festival de Curitiba 2002; Melhor Música (Curta 35mm) - Festival de Gramado 2002
100 anos de Patativa
Documentário de Rosemberg Cariry estreia no dia do centenario do poeta de Assaré.

No documentário histórico Patativa do Assaré: Ave Poesia, o público poderá acompanhar um pouco dos 93 anos de vida e poesia de Patativa do Assaré. Além da imagem “oficial” do poeta, o documentário mostra aspectos do seu trabalho na roça e do cotidiano com a família e os amigos. A narrativa começa com imagens do velório de Patativa, em nove de julho de 2002, e, a partir daí, percorre sua vida, com referências a acontecimentos pessoais e históricos.
“Patativa é mais do que um poeta. Ele representou a figura arquetípica do velho sábio, do grande mestre, a quem sempre prestamos reverência. A poesia, a consciência política e a ética do Patativa são coisas que marcaram a conduta de vida de uma geração”, comenta Cariry.


Foi quando me debrucei sobre meu farto material”, diz. “O resultado é um filme onde o Patativa fala e mostra-se em suas dimensões poética, humana e política. Não procurei fazer um grande exercício de linguagem. Não tem nada de inovador na produção. Fiz este filme para o velho mestre, para que as pessoas vejam e compreendam a grandeza de Patativa do Assaré.
Espero que o filme esteja à altura do poeta”, completa. Muitos depoimentos ajudam a construir a imagem de Patativa do Assaré. Ricardo Bezerra, Raimundo Fagner, Fausto Nilo, Oswald Barroso, Amâncio, que conviveram com o poeta, participam do filme com seus depoimentos. A obra é resultado de anos de vivência e pesquisa. Além de depoimentos, imagens documentais de Patativa do Assaré e acontecimentos históricos, são usados registros de jornais, tevê, rádio e muitas apresentações públicas do poeta, em teatros, feiras.
Assista aqui ao trailer oficial de Patativa do Assaré - Ave Poesia:
VEREQUETE: A História
A história de Verequete é muito parecida com a história de muitos homens do interior do Pará que deixaram tudo, em seus lugares de origem, para tentar conseguir melhorias de vida na capital do estado. A diferença, no entanto, é que Verequete, nesta sua “diáspora”, carregou consigo diversos elementos de sua cultura “original” e os reelaborou em um novo contexto, um contexto urbano, construindo uma identidade cultural que lhe acompanha desde muito tempo até os nossos dias. O carimbó é a sua arte de transformação. Na verdade, sua música não pode ser considerada como um carimbó típico. Trata-se de um “ponto cantado” que é acompanhado pelos instrumentos do carimbó, ao invés dos tradicionais atabaques. Além disso, em Chama Verequete, como em outros “pontos” reinterpretados por Verequete, não há o acompanhamento musical feito por instrumentos de sopro (clarinete ou flauta), tal como é comum na prática do carimbó. O mesmo acontece com os “pontos” “Balanço do mar” e “A sereia”. Chama Verequete é iniciado com a vibração intensa de dois maracás, enquanto se inicia a invocação da entidade.
Extraído do texto Luiz Augusto Pinheiro Leal / Revista RAIZ
Assista aqui a um trecho de Chama Verequete:
Sessão especial
Sábado, 25 de julho
19 horas
Livraria Siciliano (auditório) - Midway Mall
Av. Bernardo Vieira, 3775 - Tirol
Fone: (84) 3235-8208
Entrada gratuita
Classificação indicativa: livre
Exibir mapa ampliado
Sessão especial
Sábado, 25 de julho
19 horas
Livraria Siciliano (auditório) - Midway Mall
Av. Bernardo Vieira, 3775 - Tirol
Fone: (84) 3235-8208
Entrada gratuita
Classificação indicativa: livre
Exibir mapa ampliado
[FICHA TÉCNICA: "PATATIVA DO ASSARÉ - AVE POESIA"]
País/estado: Brasil/Ceará
Ano: 2009
Duração: 84 minutos
Idioma: português
Gênero: documentário
Estúdio: Cariri Filmes, Iluminura Filmes
Roteiro: Rosemberg Cariry
Direção: Rosemberg Cariry
Produção: Petrus Cariry e Teta Maia
Fotografia: Jackson Bantim, Ronaldo Nunes, Beto Bola, Kin, Rivelino Mourão, Luiz Carlos Salatiel e Fernando Garcia
Música: Patativa do Assaré, Fagner, Fausto Nilo, Mário Mesquita, Ricardo Bezerra, Pingo de Fortaleza e irmãos Aniceto
Edição: Rosemberg Cariry
Elenco:
Principais premiações: Melhor Filme no 5º Festival de Belém do Cinema Brasileiro
[FICHA TÉCNICA: "CHAMA VEREQUETE"]
País/estado: Brasil/Pará
Ano: 2002
Duração: 18 minutos
Idioma: português
Gênero: documentário
Roteiro: Luiz Arnaldo Campos e Rogério Parreira
Direção: Luiz Arnaldo Campos e Rogério Parreira
Produção Executiva: Marcia Macêdo
Fotografia: Marcelo Brasil
Som: Nicolas Hallet
Direção de Arte: Armando Queiroz
Assistente de Direção: Rubens Shinkai
Música: Paulo Leite
Edição: Paulo Leite
Principais premiações: Menção Honrosa - Festival de Curitiba 2002; Melhor Música (Curta 35mm) - Festival de Gramado 2002
cineclubenatal@cineclubes.org
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Comunidade Cineclube Natal no Orkut
8805 - 4666 / 9406 – 8177 / 9995 – 4761
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