25.3.09

Cineclube Natal - 150ª sessão: Excalibur



A lenda de Arthur nas telas da Assembléia Legislativa
- Cineclube Natal exibe seu 150º filme na estréia do Cine Assembléia de 2009 -


Depois do hiato das férias, o Cineclube Natal retoma o Cine Assembléia, sua parceria com a Assembléia Legislativa, nesta quinta-feira, 26 de março, exibindo o já clássico Excalibur, do diretor John Boorman. A sessão, que será a 150ª - desde o início das exibições, em 20 de maio de 2005 - se inicia às 18:00 horas e a entrada bem como a pipoca - é gratuita.


As lendas do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda já inspiraram inúmeras obras na literatura, no cinema e no teatro. Desde as compilações feitas por Sir Thomas Malory, no século XV, até "As Brumas de Avalon", de Marion Zimmer Bradley. Mas é "Excalibur" que a lenda ganha sua melhor versão cinematográfica, tanto em forma quanto conteúdo.

A célebre espada que dá nome ao filme, a qual se acredita possuir um fantástico poder, foi passada durante várias e várias gerações, de rei para rei. Um dia, ela foi cravada na rocha por Uther Pendragon, interpretado por um jovem Gabriel Byrne, para que o destino decidisse quem seria o próximo soberano, o qual deveria ter o potencial necessário para retirá-la de sua nova morada. Eis que Arthur, um simples escudeiro, cuja concepção foi ajudada pela magia de Merlin com o fito de unificar o reino inglês, conquista quase casualmente este privilégio ao se tornar o único homem capaz de retirar Excalibur de sua paz temporária. Merlin, mestre do futuro rei, ciente desta predição, passa a ser, nesta versão, o representante vivo de um tempo prestes a ceder lugar à lógica e à ciência.

Do auge do reinado de Arthur, a partir do casamento com Guinevere, à sua decadência, quando é dominado por sua meia-irmã Morgana (a ganhadora do Oscar Helen Mirren), passando pela busca do Santo Graal – o Cálice Sagrado, do qual Jesus teria se servido na Santa Ceia -, desfila pelas telas uma explosão de cores e magia. Há algumas cenas simplesmente brilhantes, como a que Arthur, vivido pelo ator Nigel Terry, entrega a espada nas mãos de seu adversário, que não o aceita como rei, ajoelha-se diante dele e pede que o consagre como cavaleiro, ou outra na qual Arthur cavalga com seus cavaleiros ao som de "O Fortuna", com a terra renascendo ante a passagem do Rei.

Outro momento importante é seu encontro com Lancelot, que se tornaria seu melhor amigo e, por outro lado, seria involuntariamente a semente da discórdia na trajetória do monarca. Ele será o responsável pelo brilhante duelo entre os princípios éticos que regem a verdadeira amizade e o amor irresistível que arrebata o coração do cavaleiro "do lago".

Embora o próprio diretor admita uma ótica junguiana em seu filme, os fundamentos psicanalíticos de Boorman não encobrem a seqüência da narrativa. A visäo básica que guia a interpretaçäo do diretor é a de que a lenda do Rei Arthur, descreve um processo de individuaçäo, a instalaçäo da dissociaçäo neurótica, a identificaçäo do ego com o arquétipo do pai, a repressäo da anima e finalmente a resoluçäo da neurose.

A fotografia é sublime, recriando nas telas uma atmosfera de sonhos e pesadelos. A versão de Boorman, diretor de "Esperança e Glória", foi adaptada de "Le Mort D'Artur", de Thomas Malory, e representa um grandioso espetáculo medieval ante os olhares e expectativas de um público sedento duma visão renovadora sobre este fascinante tema milenar. Com Patrick Stewart, Gabriel Byrne e Liam Neeson em notáveis papéis, Excalibur é um prato cheio para os amantes do gênero.

Assista aqui ao trailer (em inglês) de Excalibur:



Sessão Cine Assembléia
Quinta-feira, 26 de março
18 horas
Assembléia Legislativa
Praça 7 de Setembro, s/n, Cidade Alta
Fone: 3232-5761
Entrada gratuita
Classificação indicativa: 14 anos


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[FICHA TÉCNICA: "EXCALIBUR"]
Título original: Excalibur
País: Estados Unidos / Reino Unido
Ano: 1981
Duração: 140 minutos
Cor: colorido
Idioma: inglês
Gênero: fantasia, aventura, drama
Estúdio: Orion Pictures Corporation
Roteiro: Thomas Malory (livro "Le Morte D'Arthur"), Rospo Pallenberg, John Boorman
Direção: John Boorman
Produção: John Boorman, Michael Dryhurst, Robert A. Eisenstein, Edgar F. Gross
Fotografia: Alex Thomson
Música: Trevor Jones
Direção de Arte: Tim Hutchinson
Desenho de Produção: Anthony Pratt
Cenografia: Bryan Graves
Figurino: Bob Ringwood
Edição: John Merritt, Donn Cambern
Elenco: Nigel, Therry, Helen Mirren, Nicholas Clay, Cherie Lunghi, Paul Geoffrey, Robert Addie, Gabriel Byrne, Keith Buckley, Liam Neeson, Corin Redgrave, Patrick Stewart, Nicol Williamson

Principais premiações: Prêmio de Melhor Contribuição Artística, no Festival de Cannes; Indicado ao Oscar de Melhor Fotografia; Indicado ao BAFTA de Melhor Figurino; Indicado a Palma de Ouro, no Festival de Cannes.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu